A nossa Missão é ser uma ponte que liga todos os setores sociais para que trabalhemos juntos na resolução de desafios sociais assinalados. Ligar todos os que vivem privados de dignidade e todos os demais que podem e querem ajudar mas muitas vezes não sabem como fazê-lo.
O Modelo THF tem um papel ativo junto das CRIANÇAS que vivem em situação de pobreza extrema e com os ADULTOS em situação de vulnerabilidade e exclusão social.
Pretendemos garantir que as CRIANÇAS terão sempre acesso a alimentação saudável, educação, apoio extra escolar, cuidados básicos de higiene e saúde, e acesso a atividades desportivas, artes e outras áreas que façam sentido nas comunidades em que estão inseridas.
Mas a nossa missão é também capacitar ADULTOS através de formação, suporte e acompanhamento, assim como na procura de soluções de trabalho, quer através do apoio à procura de emprego como na criação de negócios e apoio ao empreendedorismo.
O TEACH How to Fish pretende capacitar todas as crianças através da educação. No caso do Camboja, por exemplo, quando as crianças não frequentam a escola pública, normalmente, é por uma destas razões: Ou têm de trabalhar para ajudar no rendimento familiar; por não terem condições financeiras para se alimentarem devidamente e adquirirem material escolar (os uniformes escolares custam cerca de 8$/cada e são obrigatórios para o acesso à escola); ou estão no ensino secundários e necessitam de pagar um valor mensal por cada uma das disciplinas extra curriculares necessárias para avançarem nos estudos.
Ajudámos inicialmente 2 jovens da aldeia com o pagamento destas mensalidades e na compra de uniformes escolares através de donativos, mas acreditamos que são soluções não sustentáveis, e que por isso nunca serão mantidas após a última fase de trabalho com as famílias, a da empregabilidade.
Criámos em Dezembro de 2020 o Programa de Suporte Educativo, com um parceiro local, com o qual pretendemos criar a ponte necessária entre a escola pública e a família/cuidadores das crianças.
Quanto ao trabalho dos voluntários no que toca à educação pretendemos que todo o apoio seja direcionado para os professores residentes, na metodologia e temáticas e não diretamente com as crianças, por forma a garantir a sua sustentabilidade.
Já ajudámos na reabilitação de escolas, tornámos também acessíveis o desporto e artes a todas as crianças mais carenciadas desta aldeia e comunidade, e encontrámos parceiros que voluntariamente doaram material escolar, filtros de água ou outros materiais também de extrema importância para o bom funcionamento destes espaços, mas sobretudo para que nada faltasse a todas as crianças que têm em si o desejo e vontade de aprender.
O TEACH How to Fish dá suporte e acompanhamento na criação das hortas familiares e criação de animais (vacas, búfalos, galinhas ou patos, o que pretendam e seja útil), que para além de garantir alimento e sustento, respeita a vontade das famílias e necessidades, a cultura e o meio onde vivem.
Dá naturalmente prioridade ao cultivo de vegetais e frutos que possam enriquecer a alimentação das famílias e até ajudá-las a conseguir transformar esses alimentos e a comercializá-los, como a Moringa, Batata Doce, Milho, Malaguetas, e outros que sejam importantes no país de intervenção.
Na última fase e junto de cada família, o TEACH How to Fish ajudou a encontrar soluções que melhorassem as suas condições laborais, em termos de remuneração mas também no número de horas e dias de trabalho, ou, no caso de desemprego, tal como a encontrar soluções de trabalho.
Pensamos em conjunto na solução, partilhamos vontades, sonhos e desejos, e depois abordamos juntos os possíveis cenários e intervenientes e definimos o caminho.
Em Portugal estamos a trabalhar em parceria com a Associação Jovem Despertar e a Associação Torre Amiga para criar soluções de formação e trabalho, quer através do emprego como da criação de negócios e incentivo ao empreendedorismo.
No Camboja já conseguimos garantir melhores condições laborais para 2 pessoas na industria hoteleira. Criámos 3 negócios para 3 famílias diferentes por forma a assegurar e aumentar o vencimento familiar ao mesmo tempo que permitimos que a família se mantenha junta na aldeia e os pais não necessitem de abandonar os filhos para procurar fora melhores condições de vida e sustento.
Criámos o negócio das pulseiras para a família do Kosal, o negócio do Chá de Moringa e Lótus para a família da Chaan e o negócio da venda ambulante para a família da Channa.
O TEACH How to Fish não comercializa nada do que é produzido por nenhuma das pessoas a quem dá apoio. Quando adquirimos algo pagamos sempre o preço que depois acabamos por cobrar quando existe alguma "encomenda", por isso 100% é sempre para quem produz.
Também não comercializamos nada que seja feito por crianças, porque conhecemos a fragilidade da situação, e como facilmente isso as coloca em risco, e as torna vulneráveis e vítimas de trabalho infantil. Nem mesmo uma pintura ou uma pulseira!
O TEACH How to Fish reconstruiu e construiu casas, bem como casas de banho para as famílias, por forma a permitir mais segurança, privacidade, condições de saúde e higiene, mas também oferecer mais dignidade no dia a dia das crianças e dos seus familiares.
Já foram reconstruídas 3 casas e outras 5 foram feitas totalmente de raiz. Foram igualmente construídas 12 casas de banho familiares. Humildes, mas uma fonte de alegria para as famílias, que ajudam em cada etapa.
Custo médio de 100$ para o wc e 600$ para construção de uma casa (* valores para o Camboja de 2019).
Também já foram construídas pequenas pontes e melhorados acessos, bem como espaços de diversão para as crianças.
O TEACH How to Fish angaria pontualmente donativos de material escolar (mochilas, canetas, etc), de roupa e calçado, tal como de brinquedos e de material desportivo ou de artes, preferencialmente em "segunda mão", desde que se encontre em bom estado.
No Projeto acreditamos que todos têm em suas casas bens de que já não necessitam e em óptimo estado, e por isso não é necessário comprar a maioria das coisas.
Como não temos uma solução de armazenamento em Portugal, ou uma solução de transporte e recepção fora do país, normalmente são os voluntários que se descolam localmente que levam tudo na sua bagagem.
Em Portugal, sempre que recolhemos bens necessários entregamos em mãos ou arranjamos soluções entre os voluntários disponíveis.